8 de setembro de 2012

"... função de amor."

"Eu estava mexendo no violão, 
comecei a fazer a melodia, 
e a primeira coisa que apareceu foi exatamente cidade submersa, 
isolada de tudo... 
Porque cantarolando parecia cidade submersa, 
parecia que a música queria dizer isso.
E eu tinha que ir atrás depois, 
tinha que explicar essa cidade submersa, 
tinha que criar uma história. 
Aí eu coloquei esses escafandristas e esse amor adiado, 
esse amor que fica pra sempre, né? 
Essa ideia do amor que existe como algo que pode ser aproveitado mais tarde,
que não desperdiça. Passa-se o tempo, passam-se milênios,
e aquele amor vai ficar até debaixo d’água e vai ser usado por outras pessoas.
Amor que não foi utilizado. Porque não foi correspondido, 
ele ficou ímpar, 
pairando ali, esperando que alguém o apanhe e complete a sua função de amor."

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